quinta-feira, 6 de agosto de 2020

PANDEMIA E ESFRIAMENTO ESPIRITUAL

Estamos em quarentena e isolados em nossa casa. O que começou com algumas adaptações temporárias se tornou o novo normal. Saídas reduzidas, aniversários canc

elados, reuniões sem o gostoso abraço... De modo especial, fico atencioso aos com os cultos virtuais, reuniões de grupo via telinha, discipulados por aplicativos etc. No entanto, o que realmente importa é como fica nossa caminhada com Deus. De que modo temos vivido e cultivado nossa espiritualidade?

Alguns pastores – de várias denominações – entraram em pânico, como se o culto presencial fosse a essência do que cremos ser a igreja. Parecia que sem culto os crentes iriam se desviar, a igreja iria morrer. No entanto, muitas igrejas mais saudáveis procuraram soluções mais sérias e enraizadas em suas convicções. Compreendendo que somos igreja com ou sem cultos, procuraram maneiras de manter seu povo conectado e de alimentar o rebanho de forma virtual. Algumas igrejas que acompanho de perto começaram a “todo vapor”, fazendo cultos e “lives” diárias. O ritmo era intenso e parecia que um dia fora do ar e a igreja estava perdida. A maioria destas igrejas já encontrou um ritmo mais sustentável, uma dieta de alimentação espiritual que seja sustentável.

Minha pergunta mais profunda é: como ficam os cristãos? Como nós ficamos diante desta situação? Minha comunhão com Deus realmente não depende de cultos ou eventos, ou será que depende? Por um lado, afirmamos uma fé que, como disse Jesus em João 4.23-24, é em espírito e em verdade, não sendo restrita a locais ou edifícios. Por outro, defendemos o que a Palavra nos ensina em Hebreus 10.25: Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.

Pessoalmente eu sinto falta do culto público e tenho buscado refletir do que eu sinto falta. Confesso que não é das mensagens, já que continuamos tendo acesso a elas, ainda que virtualmente. Não sinto tanta falta do período do louvor cantado, em parte pois sou beneficiado como todos de ouvir os louvores por meio da música. Sinto falta de gente, sinto falta de estar com os irmãos. Não que eu fale com todos, mas o fato de estar num evento com o propósito de me aproximar de Deus em comunidade tem um impacto diferente em mim. Em parte, é o fato do estímulo de ver outros buscando a Deus comigo. Por outro, é a alegria de participar de algo maior do que eu mesmo.

As palavras de Paulo em Colossenses 1.28 me vêm à mente: Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo.

As três palavras não estão ali por acaso. Paulo afirma que proclamamos Jesus advertindo e ensinando. A palavra “proclamar” é a base do que Paulo se propõe a fazer. “Advertir” e “ensinar” descrevem como isso é feito. Advertir pode ser traduzido por “colocar na mente”, no sentido de apresentar a verdade de forma clara e direta; traz um sentido de confrontação, mas uma confrontação gentil, uma correção branda. A palavra ensinar é bastante direta. Ensino aqui tem o caráter de uma apresentação clara e direta da verdade.

Mas por que precisamos de advertência e ensino? Não bastaria apenas o ensino? Certamente há um sentido para nós nesta advertência... Nosso coração em geral resiste ao ensino. Não buscamos a Deus naturalmente. Nossa inclinação é acharmos autossuficiência. Por isso Deus permite tragédias e dias difíceis. Nestes dias somos levados a buscá-lo, pois não encontramos recursos em nós mesmos.

Eu entendo que este é um dos papéis da comunidade, da igreja. Não é controlar (bem sabemos que não conseguimos controlar...), mas estimular (Hebreus 10.24e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”), encorajar, animar. O fato de estarmos com outros cristãos que buscam a Deus tem um efeito de nos fazer focar nele, de nos fazer buscá-lo com mais intensidade.

O grande perigo da quarentena é que podemos esfriar por falta do estímulo da igreja reunida.

É aí justamente que está um dos maiores perigos desta quarentena. Não é que ficaremos sem alimento espiritual. (A grande maioria das igrejas têm conseguido formas de transmitir a seus membros.) Não é estarmos impedidos de cultuar em nossos salões. (Nosso Deus pode ser cultuado em qualquer lugar.) O grande perigo da quarentena é que podemos esfriar por falta do estímulo da igreja reunida. Por isso Paulo afirma que ele proclama a Cristo tanto falando a verdade como advertindo os irmãos.

Eu quero, em nome de Jesus, e com muito temor e tremor, adverti-lo a que continue buscando a Deus. Não permita que o isolamento, a distância dos irmãos, o faça esfriar em sua busca por Deus. Ore, estude a Palavra, celebre em família (que contexto melhor?). Busque contato mesmo que virtual com irmãos, compartilhe o que tem aprendido, o que Deus tem lhe falado... Não permita que esta circunstância difícil, mas temporária, enfraqueça sua fé!

domingo, 19 de abril de 2020

UTILIZANDO-SE DA CRISE PARA PROPAGAR MENTIROSOS SALVADORES E GRANDES USURPADORES.


Vivemos tempos difíceis... e muito estranho! O que dizer desta crise da Saúde no mundo, onde o globo terrestre enfrenta uma das mais difíceis luta existencial para sobreviver sobre um inimigo invisível? O “Godzilla Corona Vírus” que segundo as informações mundiais tem dizimados a população. Todos os dias relatórios, reportagens informações, contendo listas de mortos, falta de equipamentos, etc. Todas estas toneladas de informações caindo diariamente, batendo fortemente, torna-se impossível manter um equilíbrio sadio, tanto mental, físico, social e espiritual na nossa vida.

Muitas informações e pouca credibilidade nas mesmas. Isto se dá, devido as questões que estão inseridas. Politicamente e socialmente falando, isso incendiou o mundo, pois todas as tragédias, principalmente em nosso pais, o Brasil, é fato, de que um grande grupo se favorece da desgraça alheia. Aumentos abusivos nos comércios, falta de atendimentos aos mais pobres em situação de risco, falta de equipamento para os que estão na linha de frente (os médicos e enfermeiros), “possivelmente desvios financeiros”, etc.

A Pandemia totalmente fora de controle pelas Autoridades da Saúde, o que impossibilita o que fazer e o que não fazer. A incerteza de tudo e de todos, quem está contaminado e quem não está. Como se prevenir (mesmo com as recomendações sanitárias) para não entrar na lista dos mortos. São situações totalmente desigual e desajustadas.

Os governantes não se entendem, virou uma “Torre de Babel”, uma confusão generalizada, e a população entra no “Samba do Crioulo Doido” e uma parte apoiadora do Presidente diz que: deve acabar a quarentena e outra parte apoiada pela Mídia, Redes de Televisão, Artistas, etc. diz que deve manter a quarentena. Diante disto, não se ver coerência e o entendimento para resolver a crise. Pois, crise é o que não falta neste pais! Depois de passar pela crise da Saúde, com certeza entraremos na crise Econômica.

Estamos vendo a olhos nu que a influência política e o fator que pesa na balança. Pois, neste momento é hora de solidariedade, mas poucos o fazem, o que mais se ver é: os inconscientes e inconsequentes manifestarem-se com tamanha ignorância as suas vidas num “jogo Lotérico” e sem nenhuma piedade manter a sua vida normalmente, independentemente do que está acontecendo ao seu lado.

Dentro deste cenário Geo-Politico, onde as poderosas nações disputam o engrandecimento de suas economias, dominando as demais sem tanto poder, a “Economia de algumas nações sobrepujam a Economia das nações Mundiais”. A luta pela sobrevivência do poder não tem limite, não tem coração, não tem compaixão, não tem piedade. É do Poder para o Poder.

No nosso Brasil, também caminhamos dentro da mesma filosofia. Pois quem tem o poder não quer perde o poder. E que se dane as classes menos favorecidas! quem perde é quem morre, as famílias que sofram, que paguem os impostos absurdos, pois a conta vai cair na costa do povo. O autoritarismo e a falsa autoridade está sendo desmascarada com uma capa de proteção e salvação de vidas. Milhões e milhões está sendo utilizada com pauta para solucionar a crise, porém, não existe transparência na prestação dessas contas até o momento presente.

O Brasil parou, para neutralizar o vírus, mas parece que o vírus tão cedo não irar embora, pois por detrás dele existe uma grande vantagem lucrativa. Muitos ganhando, e quem será? Lacraram os estabelecimentos, ONGS, igrejas, etc. isolamento total, mas será o meio mais acertado para conter a pandemia? Ou existe outros meios e estratégias para combater este inimigo?

Falamos em igualdade, mas sempre fomos desiguais. Mais será que este momento nos trará a igualdade ou nos destruirá de dentro para fora? Qual será a lição que vamos aprender de fato quando tudo voltar ao normal. Bom... se é que existe normalidade...

Afinal de contas, o que está acontecendo? Com toda essa crise aprove a Deus em Cristo Jesus permitir tudo isto para ensinar aos homens e provar o seu poder, pois até debaixo de uma pandemia os homens estão cegos pelo poder, pelo lucro, pela vantagem financeira. (“nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” 2 Co 4.4);
A pergunta que não quer calar é: “Ao término desta crise o que teremos apreendido? Como iremos retornar a vida? Como será o nosso relacionamento com as demais pessoas, terá sofrido uma mudança, uma reforma, ou nada terá acontecido?”. Atualmente nos sentimos impotente e sofremos a perda, estamos entristecidos, isolados, angustiados, deprimidos, etc. Mas o presente momento que estamos vivenciando todas as dores nos fara ser melhor no futuro? É ISTO QUE NOS VEREMOS!

Um grande abraço e com a Graça de Cristo iremos sair desta crise

Pr. Capelão
Edmundo Mendes Silva








sexta-feira, 9 de novembro de 2018

INTOLERÂNCIA X TOLERÂNCIA


Estamos atravessando uma época muito difícil, onde as classes sócias, Ongs e todos os cidadãos de uma forma geral, estão passando por uma estrada de uma via só. Quando nós entramos na temática, parece que é “cada um por si e Deus por todos”, onde traz muitas confusões, brigas, desentendimentos, desarmonia e etc. numa escala crescente sem realizarmos uma autoanalise dos fatos inseridos, gerando, assim um total desequilíbrio e muitas das vezes uma falta de conhecimento do fato em si.
A Intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões.
Num sentido político e social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos de vista diferentes. Como um construto social, isto está aberto a interpretação. Por exemplo, alguém pode definir intolerância como uma atitude expressa, negativa ou hostil, em relação às opiniões de outros, mesmo que nenhuma ação seja tomada para suprimir tais opiniões divergentes ou calar aqueles que as têm.
A intolerância pode estar baseada no preconceito, que levar à discriminação. Formas comuns de intolerância incluem ações discriminatórias de Controle social que é a integração da sociedade com a administração pública com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência e empenho.
No controle exercido pela sociedade sobre o governo, a sociedade é envolvida no exercício da reflexão e discussão para politização de problemáticas que afetam a vida coletiva.
O racismo, o sexismo, o antissemitismo , a  homofobia, a  heterossexismo, o etaísmo (discriminação por idade), intolerância religiosa e intolerância política. Todavia, não se limita a estas formas: alguém pode ser intolerante a quaisquer ideias de qualquer pessoa.
É motivo de controvérsia a legitimidade de um governo em aplicar a força para impedir aquilo que ele considera como incitamento ao ódio. Por exemplo, a Primeira Emenda da América permite tais manifestações sem risco de ação criminal.
Em países como AlemanhaFrançaPortugal e Brasil, as pessoas podem ser processadas por tal atitude. Esta é uma questão sobre quanta intolerância um governo deve aceitar e como ele decide o que constitui uma manifestação de intolerância.
Enquanto prossegue o debate sobre o que fazer com a intolerância alheia, algo que frequentemente ignora-se é como reconhecer e lidar com a nossa própria intolerância.
As pessoas inteligentes e coerentes a esta questão precisa ter sensibilidade para discernir e não tomar para si, muita das vezes por está debaixo de uma pressão, ou stress, todas as palavras ou gestos como algo intolerante, pois sendo assim, podemos entrar num estado psicótico e de profunda insanidade.
Dentro do contexto atual fica difícil distinguir quem é e quem, pois, o moral se tornou imoral e o imoral se tornou moral, em resumo, tudo vivou de pernas para o ar. Não sabemos mais fazer esta equação, se tornou algo incompreensível e as vezes irracional.
Vejamos só:  A Tolerância, por contraste, significa "discordar pacificamente". Tendência a admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos. emoção é um fator primário que diferencia intolerância de discordância respeitosa. O que queremos dizer é que podemos discordar ou não aceitar certas opiniões e fatos, mas sermos civilizados, respeitosos para com o próximo.
Todos têm o direito preservados pela constituição de se manifestar contra algum fato ou algo que pelo qual lhe está sendo prejudicial, mas os critérios e a ordem devem ser na forma da lei e da inteligência humana. Fora disto, então, resolveremos em uma arena romana nos de gladiando e quem matar o outro e que vence! Pura falta de senso.
A coisa tomou uma proporção que fica insustentável, inviabilizando até o próprio diálogo entre partes, família, classes sociais, pois tudo converge a um faísca próximo de gasolina, ao ponto de tudo pegar fogo!
Ninguém mais se intende, não existe mais respeito, ordem e a lei não é cumprida. Ficando cada vez mais difícil de se coexistir.
Os defensores da tolerância se transformaram em intolerantes, agressores e ameaçadores, pois o que está em jogo agora é a perda dos seus próprios benefícios e privilégios. Insuflam as massas, comprimem, amontou-se, se confederam pelas redes sociais e criam teias de intrigas e conspirações inimagináveis. As personalidades públicas agora aparecem no palco e se manifestam das diversidades tentando sugestionar e influenciá-las. Todos em um só navio, se despedaçando, e desesperados cada um tenta se salvar da maneira que pode e que dá. Veja só aonde nós chegamos!
Os defensores da intolerância não aceitam a não ser que seja da sua maneira, do seu ponto de vista, da sua opinião, pois fora disto não existe conversa.
Então ficamos assim! Grupos e determinadas classes querem criar a sua própria lei e ser dominante no mundo, onde o mundo agora passa a ser conquistado pela suas ideologias, força e violência de quem é mais forte. Implantando todo o seu poder de técnicas, das mais variadas formas, como: Introdução de Temáticas e Práticas na Educação, Aculturação Social, Ideologia de Gênero, Desconstrução das Religiões e da Família, etc.
Bom...o que se vê nisto tudo é um mundo se destruindo por si só, pois se o mal reina ninguém pode se salvar, mas dentro deste caos social, político e ético ainda há esperança.
“ Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. João 8.36.

Que Deus tenha Misericórdia de nossas vidas

Um Grande Abraço em Cristo.
Pr. Capelão Edmundo M. Silva

segunda-feira, 12 de junho de 2017

MARCAS DE UMA IGREJA DOENTE

- Depois de mais de dois mil anos de cristianismo. Depois de tantos concílios universais da igreja. 
- Depois de tantos milhares de livros escritos sobre toda a teologia, esbarramos no sec. XXI com uma igreja doente. Deveria estar sadia, viçosa e madura, mas se encontra raquítica, doente e vem perdendo sua força a cada geração. Sua importância é questionada e seu valor posto à prova. 
- Igreja por natureza é um corpo vivo, atuante e transformador. Seus membros devem crescer pela Palavra e testemunho. 
- A igreja deve marcar mais pelo contraste do que pela semelhança. Mas em nossos dias ela vem se igualando ao mundo e oferecendo exatamente o que o mundo já tem e não satisfaz. 
Gostaria de analisar algumas marcas que apontam para uma igreja doente. 

1 – GIGANTISMO EM LUGAR DE CRESCIMENTO 
- Hoje o padrão para se avaliar a benção sobre uma comunidade é o número de frequentadores. Não importa se são salvos ou não, mas se está cheio. Tomando este padrão como norma para as épocas da igreja, veremos que o próprio fundador da igreja foi um fracasso, pois, deixou somente 120 discípulos e estes medrosos. Se tomarmos este padrão para o mundo árabe, veremos que os missionários que trabalham por lá a mais de vinte anos são fracassados, pois, suas congregações são compostas por pouquíssimos convertidos nativos. 
- Não sou contra congregações grandes, sou contra a despersonalização que elas geram. Os membros deixam de ser ovelhas e tornam-se estatísticas. 
- Tem sites de igrejas que mostram, como se fosse um troféu, o número de membros arrolados com dizeres mais ou menos assim: “hoje já somos tantos milhares...”. Com isso querem mostrar que o Senhor é mais bondoso com eles que com as demais congregações? Esse gigantismo é uma distorção gritante do que a Palavra diz. 
- A Palavra diz que a igreja é um corpo ajustado com cada parte ajudando as demais no exercício de suas funções. 
- Os dons são distribuídos visando o crescimento do corpo. Mas a antítese do gigantismo vivido atualmente é a inanição dos membros. Estes não crescem na proporção do número de membros. São crianças espirituais e crianças não trabalham, dão trabalho. Abraçam qualquer ensinamento de forma acrítica e vivem de onda em onda.
- A igreja está doente porque aceita ser medida pelos padrões de desempenho empresarias, mundanos que pelos padrões de Deus. 
- Está doente porque confundiu gigantismo com crescimento. 

2 – MUITO DINHEIRO INVESTIDO EM PRÉDIOS E POUCO EM MISSÕES 
-  Se fizéssemos uma análise do valor patrimonial das 20 maiores igrejas nos pais ficaríamos estarrecidos com quantos milhões de Reais estão invertidos em templos suntuosos. 
- Cada vez mais as igrejas buscam prédios maiores com o argumento que precisam de maiores espaços para acolher seus membros. Esquece-se que cada novo templo, por maior que seja já nascerá pequeno, pois, o crescimento natural da congregação inviabilizará qualquer empreendimento imobiliário. 
- Alguns líderes afirmam que possuem um patrimônio de tantos milhões de dólares, como se fossem deles tais igrejas. 
- Outro dia ouvia um sermão de um apóstolo, dos mais insanos possíveis, no qual dizia que havia construído uma igreja de R$ 35.000.000,00 no meio de uma floresta tropical. Ele se gabava do fato de ter nascido no nordeste e agora estar onde está. 
- Paulo pensava o contrário quando disse: “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. I Cor. 15:10. 
- Paulo sempre apontava para a graça de Deus. Nunca achou que nele havia algum bem ou valor, mas sempre a graça. Ele foi enfático neste versículo quando disse: “todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. Paulo sofria e lutava para que Cristo fosse formado em seus ouvintes. “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”. Gal. 4:19. 
- Quando investimos em pessoas os ministérios acontecem, os dons de ajuda mútua emergem e a obra expande. 
- A igreja está doente porque olha para dentro de si mesma enxergando somente suas necessidades e esquece-se de olhar para a seara que está branca e pronta para ceifa. 
- Vejo os relatórios da convenção da qual faço parte e fico estarrecido com os valores aplicados em missões. 
- Acredito que o executivo regional desta convenção deva ganhar um pouco menos do que o total investido em missões no estado. Não sou contra remunerar bem pessoas que se esforçam para o crescimento do Reino. Mas a necessidade de um não pode ser mais significativa que todo um estado. 
- O erro está em investirmos pouco, muito pouco em missões. Nunca soube de um alvo missionário para envio de 100 missionários para missões em um ano específico. Sempre os alvos são financeiros e estes, salvo engano, nunca são alcançados, porque a igreja não tem consciência missionária. 
- A igreja está doente porque acredita que possuindo prédios gigantescos estará influenciando o mundo e mesmo o salvando. 
- A igreja está doente porque já não mais chora pelos perdidos e seus destinos, mas se alegra com um capitalismo travestido de espiritualidade. 
- A Igreja está doente porque perdeu seu grande alvo, o mesmo de Cristo, buscar e salvar o perdido. 

3 – O PRAGMATISMO É MAIS IMPORTANTE QUE A PALAVRA  
- Fomos assaltados pelo pragmatismo. Se funciona deve ser de Deus. Não perguntamos se está de acordo com a Palavra. Deu resultado esqueça o resto. 
- Um pregador pela televisão disse que não estava pedindo dinheiro naquele mês, em seus programas, porque muitos haviam ofertado para seu ministério depois que um profeta havia prometido uma unção financeira ilimitada por R$ 900,00. Deve ter entrado muito dinheiro mesmo depois de tal profecia para que tal pregador jogasse no lixo a razão, a consciência e a Palavra. Isso é pragmatismo ao extremo. Parece-me que para tais pessoas os meios justificam os fins. 
- Nem tudo que funciona vem de Deus.
- Nem tudo que dá certo tem apoio na Palavra. 
- Temos um exemplo dramático no Antigo Testamento. Israel quando saiu do Egito não se dispersou no deserto porque adorou o bezerro de ouro. Um fim foi alcançado, a não dispersão, mas ao preço de sacrificar a comunhão com Deus. 
- O pragmatismo sacrifica a Palavra no altar do erro e do oportunismo. 
-  A igreja está doente porque aceita os resultados sem prová-los pela Palavra. 
- A igreja está doente porque a Palavra foi preterida como regra de fé e prática. 

4 – EMOÇÃO SIM, RAZÃO NÃO. 
-  Os cristãos modernos são chorosos, gritadores, histéricos menos racionais. Os pastores, não em sua totalidade, incentivam a irracionalidade e a emoção extrema como forma de espiritualidade. Acham que se o povo gritar e pular é porque o Espírito Santo está agindo. 
- Não me entendam mal. Creio que a presença de Deus pode mexer com todo nosso ser e podemos ter reações não convencionais, como aconteceu na época de Jonathan Edwards (1737). Mas somente emoção destituída de razão é um absurdo. 
- John Mackay disse: “Ação sem reflexão á paralisia da razão”. 
-  Hoje em muitas igrejas existe a mania ou tendência de dar um brado de vitoria. 
- O povo grita até ficar rouco. Isso é catarse pura, mas confundem sair desses cultos aliviados com sair dali abençoados. 
- Paulo nos encoraja a praticarmos um culto racional (Rm. 12:1). 
- Paulo nos encoraja a buscamos a sabedoria e o conhecimento para aprovarmos as obras de Deus. 
-  A igreja está doente porque exalta a emoção e esquece-se da razão. 
- Está doente porque o arrepio vale mais que a Palavra que em tudo pode nos tornar aptos para salvação. 

5 – O EVANGELHO DA CRUZ FOI SACRIFICADO NO ALTAR DE MAMON 
-  Não é preciso ser experto em economia e finanças para identificar a crise que vive a igreja. 
- Numa nação onde a justiça social é pouco praticada, a renda está concentrada nas mãos de poucos, o abismo entre ricos e pobres aumenta assustadoramente e os efeitos desastrosos de uma política neoliberal se fazem sentir, nada mais seduz as pessoas do que a oferta de dinheiro fácil, haja vista, o alto grau de endividamento dos aposentados após o governo federal permitir um comprometimento de suas rendas em empréstimos junto a bancos. 
- O lucro dos bancos têm sido astronômicos. O povo endividado até o pescoço e os banqueiros colhendo os maiores resultados das últimas décadas. Neste contexto o que mais cresce no Brasil são casas lotéricas, bingos, jogos eletrônicos proibidos e igrejas. Atraem os pobres com promessas de enriquecimento rápido. As loterias e congêneres pela facilidade de aposta e as igrejas com a doentia teologia da prosperidade ou da vitória financeira. Estamos promovendo a maior desevangelização do Brasil. 
- Estamos perdendo um momento precioso de anunciarmos o evangelho da cruz que gera arrependimento, fé e o novo nascimento. 
- Em muitos lugares o evangelho da cruz foi substituído pelo evangelho da prosperidade que gera ganância, barganha, materialismo e grandes desapontamentos. 
- Sabemos que a maioria nunca chegará a gozar das falsas bênçãos apregoadas por pregadores gananciosos, materialistas e desumanos. Está emergindo toda uma geração de cristãos decepcionados com o evangelho de Cristo.
- Pessoas que no médio e longo prazo nada farão pelo Reino de Deus, porque estão tentando absorver ou conviver com as frustrações que tiveram nas igrejas que pregam tais distorções. 
-  Há bem pouco tempo acusávamos os católicos romanos de idólatras porque adoravam outros deuses ou santos. Mas deparo-me com a idolatria no meio evangélico. Não adoramos santos nem deuses, estamos adorando Mamon. 
- A igreja está doente porque oferece os benefícios da cruz sem a cruz. 
- A igreja está doente porque aponta para este mundo como um fim em si mesmo. 
- A igreja está doente porque se esqueceu de dizer ao homem que somos peregrinos em um mundo hostil a Cristo e seu evangelho. 

6 – TEOLOGIA E CLAREZA DOUTRINÁRIA NÃO, REVELAÇÕES SIM
-  Hoje em dia para tudo há uma nova unção. Unção de nobreza de Salomão por R$ 10.000,00, unção de Abraão por ter agarrado a camisa de um profeta judeu norte-americano, unção de Ester, unção do Leão de Judá, unção de Davi, unção apostólica e por ai vai. Nunca vi tanto besteirol no meio cristão. O pior é as pessoas acreditarem que isso é verdade. Sacrificam suas competências mentais em nome de uma espiritualidade doentia e insana. 
- Visões, palavras proféticas, atos proféticos sem fundamentos e bíblicos, tudo isso mostrando o vazio interior de líderes confusos e desequilibrados. 
- Os cristãos acham que qualquer pessoa que fala em nome de Deus ou se diz pastor merece crédito. 
- Estamos vivendo um momento onde milhares de pastores autocomissionados e mesmo consagrados a rodo falam em nome de Deus. Como não possuem formação teológica sadia ou mesmo compraram seus diplomas teológicos de pessoas desqualificadas e desonestas, falam sobre revelações, visões que nunca tiveram usando a Bíblia como um manual manipulável e manipulador de massas. 
- As massas evangélicas foram cooptadas por certo triunfalismo, certo utilitarismo e mesmo hedonismo, onde o que vale mais é a sensação prazerosa e imediata. Tem mais valor a estética do que a ética, o sentir e não o pensar e a quantidade e não a qualidade. 
-  A igreja está doente porque as novas revelações são mais importantes que A Revelação da Palavra. 
-  A igreja está doente porque os sentimentos são mais valorizados que o pensar consistente. 
-  A igreja está doente porque relativizou a Palavra de Deus. 
- Está doente porque não possuem mais valores absolutos. Mas ainda resta muita esperança porque o Soberano Senhor está no controle de tudo. 

- Ainda resta esperança porque existem homens e mulheres de Deus que pagam um preço pela sanidade, integridade e não se curvam, nem se embriagam com estas posturas alucinadoras. 
- Existem servos de Deus que não se venderam, nem pagaram por bênçãos e nem relativizaram os fundamentos da fé e de uma vida cristã integral. 
Ainda há esperança para igreja, eu creio nisso. 


Deus tenha misericórdia da nossa Igreja!
Um Abraço em Cristo!

Pr. Capelão Edmundo Mendes Silva

terça-feira, 25 de abril de 2017

TIPOS DE MENTIRA

Salmos 120.2 “SENHOR, livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora”.

Por mais dura que seja a verdade, sempre será o melhor. Por mais bela que pareça uma mentira, um dia será revelada de forma triste e decepcionante.
Jesus disse que o diabo é “mentiroso e pai da mentira” (João 8.44) e que como filhos de Deus não podemos mentir, mas andar no caminho da verdade, que é Cristo (João 14.6). Então devemos lutar contra todo tipo de mentira que se disfarça para no convencer.
As melhores formas de detectar uma mentira são o tempo, que revela todas as coisas (I Coríntios 5.4) e também a Palavra de Deus, que traz a luz toda a verdade (Efésios 5.9).

Quais são os tipos de mentiras?
Vamos aprender sobre cinco tipos de mentiras:

1- ENGANO:
II Coríntios 11.3 “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”.
O engano é uma forma de mentira que traz o dolo de mentir propositalmente (Provérbios 12.5). Seria como ‘fazer de bobo’ a pessoa para lhe trapacear. Infelizmente existem pessoas que sentem prazer nisso (Provérbios 26.24). Contudo, não devemos participar de enganações nem de brincadeira (Provérbios 26.18,19).
Um forte exemplo de engano citado na Bíblia é a chamada “balança enganosa” (Provérbios 11.1; 20.23), que era uma forma de fazer com que o peso de um produto pareça mais do que realmente é, o que consiste em desonestidade.
O próprio coração pode ser enganado por si mesmo, pois Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9). Nos últimos tempos “muitos enganadores têm saído pelo mundo a fora” (II João 1.7), pois o engano é uma especialidade do anticristo e seu sistema (Daniel 8.25). O próprio Satanás usa disfarces para enganar as pessoas (II Coríntios 11.14).
Não aceite engano em sua vida!

2- SOFISMA:
II Coríntios 10.4 “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas”.
O sofisma é uma mentira tão bem contada, que parece até uma verdade. No tempo clássico dos filósofos gregos, havia uma corrente filosófica chamada de sofistas, que eram oradores inteligentes contratados para dissertar a respeito de qualquer assunto, dependendo de quem lhes pagasse mais. Estes filósofos sofistas usavam a arte do convencimento para argumentar sobre as causas que eram patrocinados1.
Um exemplo de sofismas nos dias atuais são as estratégias de marketing, como o ‘papai Noel’ e o ‘coelhinho da páscoa’, que embora todo mundo sabe que não existem, mesmo assim são usados por todos.
Como cristãos, precisamos buscar ter a “mente de Cristo” (II Coríntios 2.16) e “transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12.2). O apóstolo Paulo sabia refutar a filosofia, alertou claramente para ter “cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas” (Colossenses 2.8). Por isso Paulo deixou bem claro que os sofismas devem ser anulados em nossas vidas desde que fomos libertos pela verdade de Cristo (João 8.32).
Não acredite em sofismas!

3- FALSIDADE:
Salmos 12.2 “Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido”.
A falsidade ou fingimento é uma das mentiras que mais ferem as pessoas, pois os mentirosos usam como máscaras e conseguem enganar as pessoas (Provérbios 12.20). Como os Gibeonitas que enganaram o povo de Deus, quando “usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados” (Josué 9.4).
Nos tempos atuais quase tudo pode ser pirateado ou falsificado. As pessoas estão se acostumando com coisas falsas, o que demonstra uma inversão dos valores (Levíticos 19.11).
Na vida cristã é preciso aprender a “falai a verdade em amor” (Efésios 4.15), pois não é devemos ofender ninguém, mas também não podemos ser falsos, e sim “desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios” (Provérbios 4.24). A sabedoria que vem de Deus não tem fingimento (Tiago 3.17). O Senhor não se agrada de nenhum tipo de fraude que é falsidade (Salmos 5.6 e 101.7).
Evite todo tipo de fingimento ou falsidade!

4- ILUSÃO:
II Timóteo 4.4 “e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.
As ilusões, fantasias ou fábulas são tipos de mentiras que se tornam cada vez mais populares. Filmes de ficção cientifica, que todos sabem não ser verdade atraem as pessoas. Quanto mais mentirosa e absurda for uma história, mais tem popularidade. Parece que a realidade da vida está tão difícil, que as pessoas preferem o que é surreal como entretenimento.
A Palavra de Deus nos diz para não deixar que nossos olhos sejam levados por fantasias (Salmos 73.7). Mágicas e outros tipos de espetáculos que são baseados em coisas ilusórias também são formas de mentir ou enganar as pessoas (Atos 8.9,11).
As fábulas são histórias onde seres irracionais se tornam personagens principais e coisas inanimadas ganham vida, portanto se baseiam em mentiras, que não são dignas de ser divulgadas, “mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade” (I Timóteo 4.7). Várias vezes o apóstolo Paulo fala sobre tomar cuidado e não perder tempo com fábulas (I Timóteo .14 e Tito 1.14).
Não perca tempo com fábulas e ilusões!

5- OMISSÃO:
Marcos 4.22 “Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado”.
A omissão acontece quando a pessoa não conta a verdade, portanto é uma forma de engano, falsidade e ilusão, o que não pode ter outro nome senão ‘mentira’. As atitudes omissas são mais mentirosas do que muitas palavras, “portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4.17). Omitir a verdade é o mesmo que mentir em silêncio.
Desde o início a humanidade aprendeu a se omitir, quando aconteceu o primeiro pecado, a reação do homem e da mulher foram se esconder de Deus (Gênesis 3.8). Foi neste momento que o ser humano começou  a trilhar o caminho do pecado sendo iludido pelas mentiras do diabo.
Jesus repreendeu os fariseus, que viviam de aparência religiosa sendo detalhistas, mas omitiam a verdade (Lucas 11.42). Muitas pessoas vivem enganados pela religiosidade e “porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Efésios 5.12).
Quem pensa que pode omitir algo de errado para sempre está enganando a si mesmo. Deus sabe tudo o que acontece conosco e não se agrada quando pensamos que podemos omitir algo de alguém, mas nunca conseguiremos omitir nada de Deus (Isaías 29.15).
Quanto antes a verdade aparece é melhor, pois “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13). Por isso o cristão confessa seus pecados a Deus buscando sua misericórdia e busca viver na verdade (I João 1.7-9 e 4.20).
Não omita a verdade!
Não aceite nenhum tipo de mentiras em sua vida!

CONCLUSÃO:
Mateus 5.37 “Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”.
A mentira é algo que aborrece profundamente a Deus (Provérbios 12.22). Por isso a Palavra de Deus deixa claro que “todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre” (Apocalipse 21.8). Então devemos voltar para a verdade e combater todo tipo de mentira com a verdade da Palavra de Deus (João 17.17).
Ninguém gosta de ser enganado. Precisamos fazer a oração do salmista (Salmos 120.2), pedindo a proteção para nossas vidas e também para não cometermos este tipo de erro. Deus é a verdade e não aceita nenhum tipo de mentira (Romanos 3.4).

Seja verdadeiro em tudo!

Deus nos livre pela sua misericórdia!
Um Abraço!
Pr. Capelão Edmundo Mendes Silva

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

PROFETADAS E MANIPULAÇÃO - MODISMOS INVADEM AS IGREJAS



“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. (1 CO 12:28). Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”. (1 CO 14:40)

Meditando nesses versículos, podemos entender por que há tanto desacerto e tanta incoerência em boa parte do comportamento e das ações de muitos “líderes” atuantes hoje no meio dito evangélico.
São lobos espertalhões travestidos de líderes, que se aproveitam da forma como o sistema “funciona” e do modo como está organizado. São profissionais eclesiásticos que buscam primeiro e antes de qualquer coisa, seu próprio bem-estar e interesses pessoais, camuflados em discursos, como quem busca, propagam, defende e vive o Reino de Deus.
Querem tomar conta de tudo e organizam suas panelinhas. São líderes que combatem qualquer coisa ou pessoa que possa colocar em risco a sua “liderança”.
Alardeiam toda novidade que aparece na praça, vão atrás de qualquer estratégia evangelística que esteja “dando certo”. Imitam e copiam descaradamente todo tipo de evento que dê retorno financeiro e que atraia mais pessoas para sua "liderança". Chamam de “mover de Deus”, qualquer coisa que promovam.
É incrível como muitas pessoas, quando se tornam crentes, abrem mão da capacidade de pensar e se deixam ser manipulados.
Nesse contexto de “liderança”, qualquer pensamento que tenham dizem: “o Espírito Santo me falou”. Quaisquer coisas estejam querendo fazer: “Deus me mandou”. Qualquer palavra que falam: “eu profetizo”. E quando pensam alguma coisa sobre alguém: tome “revelamento”... tome “profetada”.
Fazem questão de “se mostrar”... Não podem pegar um microfone que começam a falar em línguas na frente de todo mundo, como que dizendo: vê como eu sou cheio?
Mas a Bíblia diz que: E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. (1 CO 14:27,28).
Alguns pregadores (chamados avivalistas) usam e abusam das técnicas de manipulação de massas; gritam exageradamente durante muito tempo, até conseguir influir no emocional das pessoas; alteram velocidade do discurso, o tom de voz, etc... E enquanto não estiver todo mundo gritando, chorando, numa catarse (Purgação, purificação, limpeza) coletiva, não sossegam, depois dizem: viu o que o Espírito fez?
O Espírito Santo pode agir e fazer o que quiser do jeito que quiser e se manifestar das mais variadas formas, Ele é Deus, Ele é Soberano. Não estamos questionando o que o Espírito Santo faz, nem o jeito que Ele faz. Só não podemos aceitar certas práticas dominantes, principalmente entre os pentecostais e neopentecostais, onde há como que uma necessidade urgente de demonstração externa de “poder”.
E tem muita gente que fica dependente desse tipo de “mover” e quando não estão “carregados” começam a ficar com medo de “estar perdendo a salvação”, a pensar que entristeceram o Espírito Santo e precisam rapidamente procurar algum retiro, convenção, encontro ou congresso onde possam “recarregar” a alma e voltarem cheios do Espírito Santo. 
Cremos plenamente na atuação do Espírito Santo, cremos inclusive que o Espírito Santo pode se manifestar de maneira suave, tranquila... Enchendo sua alma de paz e levando você a um quebrantamento profundo. Só não podemos aceitar “pentecostes fabricados” e provocados por profissionais do púlpito.
“Está escrito na lei: Por homens de outras línguas e por lábios de estrangeiros falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor.De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes. Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos?”. (1 CO 14:21-23).
É preciso ter cuidado com esse tipo de prática. É preciso ordem no culto. É preciso entender que o espírito do profeta está sujeito ao profeta e não se deixar levar pelas emoções e muito menos tentar manipular o sentimento dos outros.
É preciso cuidar para não escandalizar as pessoas que visitam as igrejas e chegam sedentas de Deus, mas acabam indo embora assustadas com o que viram, e pior, “não querendo aquilo”.
E essa necessidade de amedrontar as ovelhas para mantê-las sob controle? Parece aquela história do pão e circo. Ensina-se apenas o básico e não se dá alimento verdadeiramente sólido ao rebanho.
Criam-se” doutrinas, regulamentos e regras que visam, antes de qualquer coisa, manter as rédeas curtas. Por que insistem tanto em tantas proibições e imposições humanas, baseadas em usos e costumes, a maioria delas sem nenhum embasamento bíblico?
Tais “pastores” mantém o rebanho o tempo todo envolvido com novidades, usos e costumes não sobra tempo para cuidar do espírito, não crescem, ficando eternamente na dependência do “pastor”.
Não aprendem a exercer o seu direito de cidadãos do céu, não são ensinados a orar pelos enfermos ou por suas próprias enfermidades (tem que chamar o pastor). Morrem de medo de demônios, aprendem todas as regras, cumprem o que conseguem, mas são cristãos sem plenitude, dependentes, raquíticos espiritualmente.
Graças a Deus, que por outro lado, o Espírito Santo está fazendo cair às máscaras de tais “crentes” e provocando um verdadeiro mover entre aqueles que verdadeiramente têm sede de Deus.
Isso está provocando algumas reações contrárias, provocando antagonismos. Sabe por quê? Porque quem busca a face de Deus, encontra. Quem tem sede, é saciado. E quanto mais íntimo de Deus, quanto mais dependente d’Ele você for, menos você vai depender dos homens com suas regras e regulamentos.
Deus está levantando uma geração capaz de se derramar diante de Dele, sem a necessidade de se submeter às normas e rituais preestabelecidos, que quebra essas regras e se entrega verdadeiramente à adoração sincera, com a alma, sem necessidade de manipulação.
Ovelhas precisam ser conduzidas, é verdade. Mas precisa ser conduzido pelos pastores, ao Pastor por excelência, Jesus Cristo. O Evangelho é simples e é essa simplicidade que precisa voltar. Jesus está perto!
É preciso aprender “chegar-se a Ele e Ele se chegará”... ovelhas são ovelhas. Pastores são pastores. Todos são irmãos. Ë isso que precisa ser estabelecido. Relação entre irmãos.
São as complicações que o homem colocou no Evangelho... São as deturpações que o homem fez na verdadeira doutrina, que dão margem a tantas modas e modismos que existem por aí.
Por isso que existem tantas ovelhas “perdidas” dentro da casa do Pai. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (2 CO 11:3) 

Procure crescer no conhecimento da Palavra, procure conhecer a verdade e a verdade te libertará (Jo. 8.32). Medite nisso...

http://www.desmascaradospelaverdade.com/2015/03/heresia-na-igreja-plenitude.html

Um abraço a todos em Cristo!

Pr. Capelão. Edmundo Mendes Silva