Atos proféticos são
o exercício a faculdade de agir e ter o seu resultado segundo os Oráculos de
Deus; daquilo que se faz ou se pode fazer, em uma única direção: Bíblica e no
Espírito Santo. Onde a ocasião e as circunstâncias pedem uma ação puramente
divina. Onde o procedimento e a conduta são feitos dentro de uma ética
espiritual que conduz a vitória.
A igreja
precisa resgata suas origens espirituais. Precisamos readquirir as nossas bases
doutrinarias e fundamentá-las na vida diária, para que possamos de novo, ser
visto não só como uma entidade filantrópica ou uma instituição social, mas
acima de tudo um organismo vivo de Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo,
o Seu Filho.
Temos visto e
presenciado uma decadência nas instituições ditas “religiosas”, pela omissão e total descompromisso com o Reino de
Deus. O que leva a muitos a caminhar pela estrada da duvida e incerteza da
inoperosidade do evangelho, que não é o de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Precisamos nos mover com determinação, no que rege uma ação empreendedora e
reformadora no ministério profético da igreja.
No Antigo
Testamento, temos exemplos maravilhosos de homens que profetizaram isto é falaram
as palavras de Deus ao povo e alcançaram vitórias.
§
Abraão, homem que recebeu um chamado
de Deus, para que por meio dele existisse uma nação (Gn 12.1-3). Um patriarca
da fé que no seu tempo foi um instrumento profético para o seu povo (Gn
17.9-11; 23).
§
Moises, homem que fora chamada
especificamente para liberta e conduzir o povo de Deus a terra prometida, e por
meio de Deus profetizou as 10 pragas no Egito (Ex 7.15-17) e outras mais
profecias para o povo de Deus (Ex 12.7,12,13). Moises ministrou o profético em
Deus (Ex 14 15,16; 15.25; 17.6) Na sua saída do Egito ele ministrou sobro o
povo “o Senhor pelejará por vós, e vós calares” (Ex 14.14).
§
Josué, o sucessor de Moises foi
outro, recebeu uma poderosa ministração profética e assumiu sobre a sua vida
uma unção de líder vitorioso e condutor do povo de Deus (Js 1.1-9). Josué
ministrou sob o profético na vida do povo nas suas batalhas (Js 6.2-5, 6-16,20;
10.8-14).
§
Na vida de Gideão não foi diferente. Deus o
usou e ele obedientemente ministrou os oráculos de Deus (Jz 7.16-22).
§
Davi não podia faltar, pois ele foi
um dos maiores homens de fé, coragem e determinação nos oráculos de Deus (1 Sm
17.40,49-51). Um homem que cria nas palavras que Deus colocava no seu coração.
Um homem que não ficava só em palavras poéticas e filosóficas, mas do profético
para a prática na fé, alcançando vitórias para o seu povo e glorificando o Nome
do Seu Deus.
Toda a Bíblia
de Gênesis a Apocalipse, ela é
profética e os seus atos e ações estão inseridos na vida de todos os que
tiveram uma chamada de Deus.
A igreja
precisa exercitar o seu direto e o dever na reivindicação que é seu, por
direto. Do que Deus já trouxe a realidade por intermédio do Espírito Santo.
Dando luz ao nosso entendimento, tirando toda a ignorância e trevas da
incredulidade, para que possamos ver o sobrenatural atuando em nossas vidas,
por meio de Jesus Cristo.
Foi assim que a igreja no Novo Testamento cresceu e
desenvolveu nos seus dons e ministérios. Ela se fez notória, se apresentou, se
expôs, mostrou a sua cara, disse o que veio fazer, se manifestou com uma unção
que contagiava e envolvia a todos (At 2.41-47 “De sorte que foram batizados os que receberam
a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam
na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em
cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.
Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa,
comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça
de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”).
Quando Deus
por meio de Pedro e João realizou o primeiro milagre profético na cura de um
coxo, a igreja foi reconhecida como a continuação de Jesus, como o tempo em que
Deus haveria de restaura o seu povo prometido e todas as nações.
A igreja primitiva ela era profética, porque
segui uma linha, a dos apóstolos; que por sua vez segui a dos profetas, que por
sua vez segui a linha de Deus. Não pode existir um mover profético sem primeiro
que o Espírito Santo esteja conduzindo o querer e o realizar “Porque Deus
é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” Fl
2.13.
1. A Contextualização do Profético.
Deus precisa
de uma igreja que tenha a mesma visão que ele tem. Que tenha e que faça a
diferencia no mundo atual “Vós sois a luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende
a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos
que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus”
(Mt 5.13-16).
Para haver um mover espiritual é preciso haver uma atitude
humana, que envolva arrependimento e conversão (At 3.19-21 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos,
para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de
refrigério, da presença do Senhor,e envie ele o Cristo, que já dantes vos foi
indicado, Jesus, ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração
de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas,
desde o princípio”), que envolva
uma proposta de mudança, uma nova mentalidade, uma nova ótica contextualizada á
luz da palavra de Deus.
Quando
falamos da necessidade de contextualizar o profético, estamos falando de tornar
os conceitos ou ideais pertinentes em cada situação. Colocando dentro de uma
realidade atual e nunca nos movendo aos tempos passados, do qual foi proferida,
pois isto envolverá a antropologia cultura e os costumes, com as épocas e uma
forma de entendimentos do qual nós nunca vivenciamos. Com isto, estaríamos
retrocedendo e falhando em nossa missão profética, onde não poderíamos compreender
o real significado dos oráculos divinos.
A
transferência do teor imutável do Evangelho para a forma verbal significativa
para os povos em suas respectivas cultura e dentro de suas situações
existências particulares.
Movimentos
espirituais são populares nos dias de hoje, mas o mover de Deus está em bem
poucos lugares. Isto se dar, devido o
grau ou ao nível de santidade e seriedade com que estamos tratando e
trabalhando com Deus.
Os atos proféticos não são realizados e ministrados por
mera vontade humana, nem pelo conhecimento bíblico, intelectual, filosófico,
espiritualístico ou religioso, mas pela inteira e real revelação divina. Pois é
ela que traz ao nosso conhecimento a necessidade desta realização, pois existe,
de fato um acontecimento em vista e Deus no-lo traz a sua revelação (Amós 3.7 “Certamente
o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus
servos, os profetas”).
A igreja não pode viver, e nem permitir e insistir a ter
uma vida de infantilidade, de meninice, de ingenuidade; levada pelo vento de
toda doutrina que não condiz com as Escrituras, e que nunca trará resultado
eficaz. Precisamos buscar uma maturidade para podemos distinguir bem, como
realizar os oráculos de Deus na igreja (Hb 5.12-14 “Porque, desde a infância sabes as
sagradas letras, que podem necessitais de que se vos torne a ensinar os
princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que
precisais de leite, e não de alimento sólido. Ora, qualquer que se alimenta de
leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança; mas o alimento
sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas
para discernir tanto o bem como o mal”; 13.9 “Não vos deixeis levar por doutrinas
várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não
com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se
preocuparam” ; Ef 4.14,15“ para que não mais sejamos meninos,
inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos
homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade
em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”).
Uma ação
profética jamais estará limitada a um princípio de qualquer tipo de ordem,
somente a de Deus. Deus jamais vai contradizer a sua palavra, em beneficio de
qualquer um que seja.
Quando
adquirimos uma visão contextualizada, isto é descobrimos as implicações
legitimas do Evangelho em determinada situação. Entendemos que os fatos
contemporâneos (do mesmo tempo, da época
atual) estão inerentes ou ligados de modo intimo em cada realização.
Assim que começarmos
analisar determinados textos de modo contextualizado, isto é nas inter-relações de circunstâncias que
acompanham um fato ou uma situação, no seu conjunto social: ou religioso, na convivência em sociedade; e
exegeticamente, poderemos compreender melhor a ação de Deus sobre o homem.
Poderemos entender os atos e fatos que levou Deus a fazê-lo em determinada
época. Isto deve corresponder à visão que devemos ter em nossos dias. Devemos
ter muito cuidado ao pronunciar (“determinar”)
um ato profético, pois, ele, deve estar para nós, como nós devemos estar para
ele. Dentro de uma realidade espiritual e local. Onde possa atingir e nunca
fugir; onde possa agir e nunca transgredir; onde possa atuar na operosidade do
Espírito Santo e nunca ser um mecanismo de uso pessoal. Esta operação, ela é
determinada dentro de princípios puramente Bíblicos e espirituais, onde Deus
comunicar as suas verdades e localiza-as para dentro do homem.
O Espírito
Santo de Deus, como já sabemos, não é de confusão. Ele atua em nossa época da
mesma forma que atuou nos tempos antigos, sem nenhuma restrição. Ele faz as
mesmas obras que foi feitas, porém, Ele é um Espírito que trabalha dentro de
ordem e decência, onde cadencia e encadeia a sua ação dentro de determinados
movimentos e ocorrências.
Não podemos nos apegar a determinados textos bíblicos
isolados e tentar transferi-los ao que outrora fora feito dentro de uma atuação
puramente espiritual e local, para os nossos dias, com o pretexto de que deva
ser um ato profético. Temos que levar em conta o que deveria ser o costume de
uma época, de uma dispensação, para torná-la profética em nossos dias. Os atos
proféticos são movimentos espirituais, que pode se transferir de uma
determinada ação para uma outra ação; seja local, cultural ou ate universal,
dependendo da vontade e intenção divina, para que, por meio disto Deus possa
falar e ser compreendido. Ela se dá dentro de uma preparação de Deus para como
homem. Quando Deus se manifestar, o homem não terá duvida nenhuma daquela ação,
pois o homem já foi preparado mentalmente, biblicamente e espiritualmente pelo
próprio Deus para aquele ato (1 Co 2.13-16 “as quais também falamos, não com palavras
ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito
Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não
aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual
discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido. Pois, quem jamais
conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de
Cristo”).
Para que uma
igreja exista e viva no mundo sobrenatural, têm que de fato e de verdade nascer
no coração do povo, uma fé na obediência de Jesus Cristo. Fé tal, que venha
ultrapassar os limites humanos e materiais da nossa temporal existência,
trazendo consigo uma visão de vida do futuro para o presente. Daquilo que vamos
desfrutar com Cristo no céu, como já vivendo aqui.
2. Modos de Comunicação.
Os profetas apresentavam-se aos seus contemporâneos como homens que
tinham uma palavra a dizer. O oráculo falado é a forma pela qual a
palavra de Deus era expressada. Oráculo hebraico “Dãbhãr” – “A palavra declarada de Deus” (2 Sm
2.16,23); e do grego “Pronunciamento
Divino”. Cada profeta deixava estampados os sinais de sua própria
personalidade e experiências na suas palavras.
As palavras
de Deus eram proferidas por seus profetas mesmo tendo a sua individualidade, em
determinadas ocasiões, sob certas circunstâncias.
Algumas vezes
os profetas punham os seus oráculos na forma de parábolas ou alegorias (Is
5.1-7; 2 Sm 12.1-7; Ez 16 e 23 cap.), porém a mais dramática apresentação de
suas mensagens era feita por meio do “oráculo
por ação”, o que era uma espécie de auxílio visual.
A palavra
corporificada no símbolo e extraordinariamente eficaz é impossível que deixe de
ser cumprida; realizará exatamente aquilo que o símbolo declarava. Isaias teve
que andar despido e descalço (Is cap 20); Jeremias despedaçou o vaso do oleiro
(Jr cap 19); Aias rasgou sua roupa nova em doze pedaços e entregou dez pedados
a Jeroboão (1 Rs 11.29); Ezequiel cercou uma cidade em miniatura (Ez 4.1-3).
Oráculo por
ação era o movimento da parte de Deus para com o homem: a Palavra de Deus, os
atos proféticos.
Isto não nos dá o direito de aplicarmos estes “atos proféticos” em nosso tempo, pois
hoje temos a palavra de Deus encarnada, verbalizada e escrita. Muito cuidado
com o que estamos fazendo e tentando colocar na conta de Deus. Ele tá fora
disto....
Um Abraço
Pr. Capelão Edmundo Mendes Silva
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